Histórico Uta Krieser

Histórico: Uta Krieser
Quem foi Uta Krieser?

Uta Krieser (nascida Duwe) nasceu em 1º de Janeiro de 1933.
Filha de Arthur e Wanda Duwe, agricultores, Uta era a filha mulher mais velha de uma família de 4 filhos. Em meio à expectativa pela chegada de mais um irmão, Uta e seus irmãos enfrentam ainda crianças uma situação de muita resignação: perdem a mãe, com então 26 anos de idade, devido a complicações no parto. O bebê também não se salva.
Uta tinha então 7 anos. Sem a mãe, precisa ajudar o pai a cuidar dos irmãos. Diante das dificuldades pela falta da mãe, as crianças precisam ir morar com tios e padrinhos. Algum tempo depois, Arthur casa-se com Gertrudes Reif e decide reunir novamente a família.

Mesmo com as dificuldades, Uta era uma criança alegre. Certa vez ao chegar da escola, contou ao pai sobre um menino que tinha visto na casa da família Will: “Ele está tão fraco e amarelo...coitado, quem será ele?!” – disse ela no idioma alemão. Por ironia do destino, não sabia ela que o tal “amarelo” seria anos mais tarde seu marido. O menino era Alex Krieser, órfão, acometido pela febre amarela, estava recém-chegado em Agrolândia acolhido na casa do Sr. Otto Will.
Os anos foram passando e Uta enfrentava as dificuldades com fé e otimismo. Aos 14 anos, foi trabalhar como empregada doméstica na cidade de Blumenau, na Casa das Senhoras Evangélicas. Aos 18, ainda como doméstica em Blumenau, costumava vir à Agrolândia uma vez por mês para visitar a família. Numa destas oportunidades, decidiu acompanhar as irmãs num baile no salão Sulamérica (atual Bar do Raul), onde acabou reconhecendo o então jovem marceneiro Alex. A partir de então e apesar da distância, ele não se intimidava de ir à Trombudo Central de bicicleta para pegar o trem até Blumenau e ver sua amada. Como não tinha aonde ficar, precisava voltar no mesmo dia. Apaixonada, Uta anotava em uma caderneta especialmente comprada para esse fim todos os itens do enxoval que precisariam adquirir para começar a vida.
Casaram-se em 22 de Maio de 1954. Tiveram 2 filhas: Raintraud (in memoriam) e Rainita, casada com Rubens Prochnow e que lhes deram 2 netos: André Gustavo e Ramon Felipe. Com o passar dos anos, Uta começa a apresentar sérios problemas de saúde, em especial de visão, chegando a ficar parcialmente cega. O problema lhe rendeu 8 cirurgias. Apesar da saúde frágil, Uta era uma mulher de coragem e sempre apoiou o marido em todos os seus empreendimentos. Juntamente com a marcenaria que progredia a cada dia, o casal tomava conta de um armazém de secos e molhados, sempre no bairro São João, onde também era oferecida pensão aos funcionários solteiros. Membra fundadora da Ordem das Senhoras Evangélicas (OASE), aos finais de semana Uta instruía as crianças da comunidade no culto infantil.
Além de promissor empresário, Alex destacava-se no meio político, sendo vereador por 2 mandatos. Apoiado pela esposa elege-se prefeito pela gestão de 1977 a 1982. Neste período, dona Uta inicia uma inédita e singular jornada de trabalho voluntário como 1ª Dama de Agrolândia, sempre de conduta exemplar. Sem nenhum tipo de remuneração, utilizava o carro particular do marido para organizar as atividades nos bairros. Entre seus principais trabalhos, sempre apoiada pelas mulheres das comunidades e pela filha Rainita, destacam-se:
Fundação de jardins de infância, entre eles: Pica-pau Amarelo (São João), Chapeuzinho Vermelho (Vila Siegel), Caminho Feliz (Três Barras) e Carrocinha do Amor (Serra dos Alves);
Fundação do 1º Clube de Mães de Agrolândia, em 1981, sendo sua primeira presidente;
Fundação da Escola Profissional Feminina Ilselore Zwicker, onde eram oferecidos diversos cursos profissionalizantes às mulheres agrolandenses: corte e costura, datilografia, culinária, tricô, crochê, artes aplicadas e pintura.

Todas as atividades desenvolvidas eram financiadas através de convênios com a LBA (Legião Brasileira de Assistência) e Prefeitura Municipal. Ao final do mandato do prefeito Alex, dona Uta continuou participando efetivamente dos clubes de mães, auxiliando no que podia. E continuou apoiando as decisões do marido, como na doação do terreno para a construção do novo hospital.
. Em 1995, perde os movimentos das pernas, vítima de um derrame. Dona Uta, já debilitada pela própria saúde, precisa buscar forças para cuidar do marido. Apesar de tudo, pôde sempre contar com o apoio da família, em especial do genro Rubens.
Por mera fatalidade, no ano de 2000 dona Uta também é vítima de um derrame, onde acabou perdendo, além dos movimentos das pernas, também a fala. A situação do casal era muitas vezes incompreensível para a família, mas a fé em Deus os mantinha unidos. Durante 3 anos, dona Uta comunicou-se apenas por pequenos gestos e olhares, mas sua sensibilidade confirmava sua total lucidez. Lutou bravamente pela vida que tanto amava, mas em 2003 foi chamada pelo Senhor. Atingiu a idade de 70 anos.
Deixou-nos uma lição de dedicação ao casamento, à família e ao próximo. Pessoa de riso fácil, dona Uta encantava-se com as travessuras dos netos, aos quais dedicou extrema ternura. Adorava cozinhar, e o fazia muito bem. Gostava da vida. Em 2010, recebeu homenagem póstuma como Mulher Empreendedora no Encontro Regional de Mulheres. Mesmo com a visão frágil que teve, enxergou longe.
Apesar da pouca escolaridade, aprendeu e ensinou muito. Não foi professora por formação, mas por vocação.

Sobre o Uta Krieser


Quando surgiu o Centro de Educação Infantil Uta Krieser?


O Centro de Educação Infantil Uta Krieser foi inaugurado em 07 de setembro de 2011, localizada na Rua Leopoldo Zwicker, número 90, hoje temos em torno de 150 crianças matriculadas de 4 meses à 5 anos e onze meses. Atendemos crianças nos períodos matutino, vespertino e integral.

Esta unidade é um projeto do Proinfância, surge com a necessidade de implementação das metas, no que tange a Educação Infantil, definidas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), elaborado pelo Ministério da Educação.

O PROINFÂNCIA, embasado nos preceitos constitucionais do art. 208, inc. IV e art. 227 – Constituição Federal de 1988, visa promover ações supletivas e redistribuídas para a correção progressiva das disparidades de acesso, garantia de um padrão mínimo de qualidade de ensino e melhoria da infraestrutura da rede física escolar existente no município.






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